Das últimas gerações
Quando nós (e a isto refiro as pessoas que estiveram a estudar entre os anos 80 e os anos 90) estudávamos, cada aula que tínhamos era numa sala diferente, tínhamos aulas de 60 minutos e, quando um professor faltava podíamos dizer que tínhamos furo (ou feriado).
Pois é, a geração que está no 11º e no 12º ano são as únicas que sabem o que é ter aulas de 60 minutos, sim porque os que estão agora no 10º, a não ser que tenham reprovado, quando foram para o 5º ano já tinham aulas de 90 minutos), que sabem o que é mudar de sala de aula para aula (ou seja, passar o dia inteiro com uma pasta pesadíssima às costas) e sabem o que é ter furos. Sabem o que é ter um dia INTEIRO de furos. Hoje a palavra "furo" está a ser erradicada do dicionário com a "brilhante" ideia de pôr os alunos a terem aulas de substituição.
O que pode até ter uma certa lógica, mas a partir do momento em que vem um professor de contabilidade substituir uma aula de filosofia na área de ciências, ou uma professora de inglês substituir uma professora de físico-química (que ainda nem sequer tinha sido colocada numa turma que vai ter exames nacionais no final do ano, mas esse vai ser um assunto para outro post) acho que não se torna muito rentável.
Mas agora voltando ao centro da questão. Entristece me a alma saber que os actuais alunos do 4º ano (para não recuar muito), nunca saberão o que é um furo. E já estou a imaginar as gerações que ainda os conheceram e que "vibraram" a ouvir a abençoada frase "É FURO A MATEMÁTICA", a explicar aos seus filhos que há muito tempo atrás, a escola, proporcionava mais um bom momento que actualmente proporciona (sinceramente não sei se vai continuar a dar bons momentos, porque neste andar...).
Este mundo está sempre a mudar e é bem verdade.
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