Como a Susana a olhar para os rebuçados
Foi inventada uma nova expressão da língua portuguesa: Como a Susana a olhar para os rebuçados.
Passo a explicar...
Na passada Quarta-feira fui para Lisboa fazer uma acção de formação de dois dias, e, como Lisboa e Porto não são propriamente vizinhos, fiquei hospedada num hotel (já agora, a acção também era dentro do hotel).
E a minha irmã num dos seus momentos iluminados, lembrou-se de colocar dentro do meu pijama dois rebuçados para eu comer durante a minha estadia (coitadinha, lá pensou que eu ia passar fome).
Entretanto eu fui para Lisboa e, na noite em que eu cheguei, peguei no pijama para o vestir.
Até aqui tudo bem. O problema foi que quando eu encontrei em cima da cama (sítio onde antes estava o pijama) dois rebuçados muito direitinhos, com o desenho das frutas virado para mim e, com as esquininhas do papel encostadas, em forma de V invertido.
Ora, antes de ter pegado no pijama eu olhei para a cama e não vi lá nada.
Nisto, olhei para a outra cama (eram duas) e também não vi nada.
A porta estava trancada com a chave na fechadura.
Não ouvi barulho.
Não vi rebuçados em mais lado nenhum.
ENTÃO COMO É QUE AQUILO APARECEU ASSIM TÃO DIREITINHO?
Não lhes toquei. Simplesmente fiquei especada a olhar para aquilo como se fossem OVNIS.
Foi quando me lembrei! "Se calhar foi a minha irmã" "Mas os rebuçados nunca que ficariam assim tão direitinhos" "Amanhã vou perguntar às outras pessoas se também tinham rebuçados nos quartos".
E não mexi nos rebuçados. Continuei a olhar para eles. Se o hotel tivesse alguma câmara de filmar, quem visse a minha figura ia (peço desculpa pela expressão) se mijar a rir.
Mas como eu não queria passar por maluca logo no primeiro dia, mandei um SMS (sim, também sei fazer isso) à minha irmã a perguntar se foi ela e, a rezar para que ela dissesse que sim, porque caso contrário dava-me alguma.
ELA DISSE QUE SIM!
SE ME TORNA A PÔR REBUÇADOS NO PIJAMA ESPANCO-A.
Mas ao menos a Língua Portuguesa ficou mais enriquecida com uma nova expressão.
E nunca mais gozo com o burro que ficou a olhar para o palácio.
Karma...
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